Bullying é uma palavra que, infelizmente, se tornou parte do vocabulário cotidiano das escolas. 

Presentes em conversas entre alunos, reuniões pedagógicas e até nos noticiários, os episódios de bullying representam um desafio urgente e contínuo para toda a comunidade escolar.

Embora o tema esteja cada vez mais em evidência, ainda há muitas dúvidas sobre o que realmente configura esse tipo de comportamento — e, principalmente, como enfrentá-lo de maneira eficaz e responsável. 

Nem toda situação de conflito ou desentendimento entre alunos pode ser considerada bullying, e saber fazer essa distinção é o primeiro passo para agir com assertividade e empatia.

Nesse contexto, o papel dos educadores é fundamental: mais do que identificar e intervir em casos de bullying, é preciso construir um ambiente seguro, acolhedor e respeitoso no qual todos os alunos se sintam pertencentes, valorizados e protegidos.

Neste artigo, a gente reflete sobre o que é (e o que não é) bullying, como reconhecê-lo e quais práticas e estratégias os professores e gestores podem adotar para prevenir e combater esse tipo de violência no ambiente escolar.

 

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O que é bullying?

De acordo com a cartilha do Ministério da Educação (MEC) e do Programa de Combate ao Bullying da UNICEF, o bullying é caracterizado por ações repetitivas e intencionais de violência física ou psicológica, praticadas por um ou mais indivíduos contra alguém em situação de vulnerabilidade ou desequilíbrio de poder.

São alguns exemplos de bullying:

  • agressões físicas;
  • ameaças ou intimidações;
  • exclusão social sistemática;
  • apelidos pejorativos e humilhações constantes;
  • cyberbullying (quando ocorre em ambiente digital).

E o que não é considerado bullying?

É importante diferenciar bullying de conflitos pontuais ou brincadeiras ocasionais; nem toda discussão ou piada entre colegas pode ser classificada como bullying. 

O que define o bullying é a intenção de causar sofrimento e a repetição desse comportamento.

Brincadeiras entre amigos, sem agressividade ou intenção de machucar, fazem parte do processo social de convivência — desde que haja respeito mútuo. O desafio está em identificar quando essa linha é ultrapassada.

Como identificar sinais de bullying?

Nem sempre os alunos falam abertamente que estão sendo vítimas de bullying. Por isso, educadores devem estar atentos a sinais como:

  • isolamento social;
  • relutância em ir à escola;
  • queda no rendimento escolar;
  • mudanças bruscas de comportamento;
  • queixas físicas frequentes (como dor de cabeça ou de estômago).

Além disso, os agressores e testemunhas também precisam de atenção e orientação adequada.

Como prevenir e lidar com o bullying na escola

Construir uma cultura escolar saudável e inclusiva é a forma mais eficaz de combater o bullying — mais do que intervenções pontuais, é preciso agir de forma contínua e coletiva, envolvendo toda a comunidade escolar. 

A seguir, veja estratégias práticas e fundamentadas que fazem a diferença no dia a dia:

Fale abertamente sobre o tema

O primeiro passo para combater o bullying é dar nome ao problema: ao tratar do tema com frequência e de forma apropriada à faixa etária dos alunos, a escola desmistifica o assunto e ajuda a criar consciência coletiva.

Promova rodas de conversa, atividades lúdicas e campanhas educativas que ajudem os alunos a entender o que é bullying, quais são suas consequências e como agir diante de situações de violência — seja como vítima, testemunha ou agressor.

Educação preventiva é sempre mais eficaz do que medidas reativas.

Crie um ambiente de confiança

Muitos casos de bullying não chegam ao conhecimento dos adultos porque os alunos têm medo de represálias ou acham que “ninguém vai fazer nada”. Por isso, é fundamental que a escola construa uma cultura de escuta ativa e acolhimento.

Demonstre, com atitudes e políticas claras, que todas as denúncias serão levadas a sério!

Estimule os alunos a conversar com professores, coordenadores ou outros adultos de confiança, e crie canais seguros para que eles possam relatar o que vivenciam ou observam, inclusive de forma anônima, se necessário.

Promova a empatia e o respeito

O bullying está diretamente ligado à intolerância às diferenças, por isso, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais é um caminho potente para a prevenção.

Crie atividades que incentivem a colaboração, o trabalho em grupo e o reconhecimento das emoções — tanto próprias quanto alheias. 

Trabalhar com histórias, dinâmicas e jogos cooperativos pode ajudar as crianças e adolescentes a se colocarem no lugar do outro, valorizarem a diversidade e construírem relações mais saudáveis.

Aqui, a pedagogia positiva pode ajudar!

A pedagogia positiva é uma abordagem que valoriza o respeito mútuo, o incentivo e a empatia no processo de ensino-aprendizagem. 

Em vez de focar apenas na correção de comportamentos inadequados, essa pedagogia busca fortalecer as relações entre alunos e professores, criando um clima de confiança, pertencimento e cooperação dentro da escola.

Quando os educadores adotam práticas da pedagogia positiva — como o reconhecimento de atitudes gentis, a escuta ativa, o uso de linguagem encorajadora e o estabelecimento de regras claras com participação dos alunos — eles ajudam a construir um ambiente mais seguro e respeitoso, onde comportamentos como o bullying perdem espaço.

Na prática pedagógica de Wings, essa abordagem se reflete em atividades que estimulam a colaboração, o diálogo e o desenvolvimento socioemocional dos alunos! Vem conferir mais sobre a nossa proposta e saber como levar Wings para a sua instituição.

Capacite toda a equipe escolar

Uma dica importante para os gestores: ofereça formações continuadas sobre o tema, construa protocolos claros de atendimento e oriente a equipe sobre como proceder em diferentes situações. 

O olhar atento de um inspetor no recreio, a escuta empática de um coordenador ou a intervenção de um professor no momento certo podem evitar que pequenas atitudes se tornem grandes problemas.

Envolva as famílias

A parceria entre escola e família é essencial para prevenir e enfrentar o bullying de forma efetiva. 

Por isso, mantenha uma comunicação transparente e constante com os responsáveis, tanto para informar quanto para acolher dúvidas e relatos.

Ofereça espaços de diálogo (como reuniões temáticas, oficinas e materiais informativos) que ajudem os pais a reconhecerem sinais de que seus filhos podem estar sofrendo ou praticando bullying, além de orientações sobre como apoiar e conversar com as crianças em casa.

Quando a escola e a família falam a mesma língua, o ambiente se torna mais seguro e saudável para todos.

Uma escola acolhedora combate o bullying todos os dias

Combater o bullying vai muito além de identificar e intervir em casos isolados: trata-se de construir, dia após dia, uma cultura escolar baseada no respeito, na empatia e no pertencimento. 

Quando alunos, educadores, famílias e toda a comunidade escolar se unem em torno de um propósito comum — o de garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos — a escola se transforma em um verdadeiro espaço de crescimento, aprendizado e confiança.

É nesse terreno fértil, onde cada criança se sente vista e valorizada, que florescem relações mais saudáveis e trajetórias escolares mais felizes. Wings apoia essa causa!

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