Eles nasceram em um mundo hiperconectado, cresceram interagindo com telas e têm uma facilidade impressionante para lidar com a tecnologia: estamos falando da Geração Alpha, formada por crianças nascidas a partir de 2010.
Inclusive, uma curiosidade: 2010 foi o ano em que o primeiro iPad foi lançado. Já parou para pensar que as crianças dessa geração não conhecem um mundo sem tablets e demais gadgets conectados à internet?
Considerando a marcação temporal, a Geração Alpha já está nas salas de aula — e transformando, pouco a pouco, a forma como se aprende e se ensina.
Mas será que as escolas estão prontas para atender às necessidades, aos interesses e ao perfil desse novo grupo de estudantes?
Neste artigo, Wings explora quem são os alunos da Geração A, seus comportamentos, desafios e como educadores e gestores podem adaptar suas práticas para manter o engajamento e a aprendizagem ativa nas escolas.
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Quem é a Geração Alpha?
A Geração Alpha é composta pelas crianças nascidas a partir de 2010, filhas dos Millennials e sucessoras da Geração Z. O termo foi criado em 2008, depois de pesquisas feitas pela agência de consultoria australiana McCrindle Research.
Essa é a primeira geração inteiramente nascida no século XXI — e também a primeira a crescer completamente imersa em tecnologia digital desde os primeiros anos de vida.
Desde cedo, os Alphas convivem com smartphones, tablets, assistentes virtuais, plataformas de streaming e, mais recentemente, inteligência artificial.
Para eles, a tecnologia não é uma ferramenta adicional, mas uma extensão natural da realidade: isso significa que a relação que estabelecem com o mundo, com o conhecimento e com outras pessoas é mediada por experiências altamente visuais, interativas e instantâneas.
Características da Geração Alpha
Os jovens dessa geração estão acostumados à personalização de conteúdos, à liberdade de escolha e à resposta imediata, características estas que moldam suas expectativas em relação ao aprendizado.
Além disso, por terem crescido em ambientes mais conectados e com famílias mais engajadas na parentalidade ativa, os alunos Alpha tendem a ser mais questionadores, criativos e atentos ao que acontece no mundo.
No entanto, em decorrência desse ambiente, essas crianças podem apresentar maior ansiedade, menor tolerância à frustração e dificuldade de concentração diante de estímulos mais “lentos” ou lineares.
Entender esse perfil é essencial para repensar estratégias pedagógicas e criar experiências de aprendizagem mais relevantes e eficazes para a geração que já está moldando o futuro da educação.
Os principais desafios de educar a Geração Alpha
Educar a Geração Alpha é, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um desafio.
Com um perfil totalmente diferente das gerações anteriores, esses alunos demandam novas estratégias pedagógicas, mais dinâmicas, significativas e conectadas com o mundo ao redor.
Para os educadores, compreender as particularidades dessa geração é o primeiro passo para garantir um ensino que realmente engaje e transforme.
🧠 Curto espaço de atenção
A Geração Alpha está acostumada a consumir conteúdos em vídeos curtos, jogos rápidos e aplicativos que mudam de estímulo em segundos.
Isso faz com que o tempo de atenção sustentada seja reduzido em comparação com gerações anteriores; aqui, atividades longas e pouco interativas tendem a gerar desinteresse.
Para manter o foco, é essencial propor tarefas diversificadas, com momentos de pausa, recursos visuais e possibilidades de participação ativa dos alunos.
💻 Tecnologia como parte da vida
Como citamos, para os alunos da Geração Alpha, não existe separação entre o mundo físico e o digital — ambos fazem parte da mesma realidade.
Essa naturalização do uso da tecnologia abre portas para novas formas de ensino, como o uso de realidade aumentada, jogos educativos, vídeos e plataformas interativas.
No entanto, também traz o desafio de promover o uso consciente das telas, equilibrando inovação com momentos de socialização presencial, escuta ativa e desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
💬 Gosto por interações rápidas
As trocas de mensagens, emojis e vídeos curtos moldaram a forma como essa geração se comunica.
Eles valorizam agilidade, objetividade e impacto visual. Isso pode influenciar a forma como se expressam oralmente e por escrito — muitas vezes com dificuldade em sustentar argumentos mais complexos ou se aprofundar em temas.
Trabalhar a oralidade, a escuta e a argumentação precisa ser uma prática constante, com espaço para o diálogo, a mediação de conflitos e o pensamento crítico.
🧩 Engajamento x Motivação
A Geração Alpha busca propósito em tudo o que faz: se uma atividade não parece relevante, ela rapidamente perde o interesse.
Por isso, é fundamental contextualizar o conteúdo, mostrar sua aplicação prática e promover projetos que façam sentido para a realidade dos alunos.
Atividades com significado claro, que envolvam desafios, colaboração e autonomia, têm maior chance de engajar e motivar.
Como adaptar a escola para a Geração Alpha?
A chegada da Geração Alpha às salas de aula (eles já estão até em idade de entrar no mercado de trabalho!) exige que as escolas repensem não apenas os conteúdos ensinados, mas também a forma como o ensino é conduzido.
Para engajar, motivar e, sobretudo, formar esses estudantes para os desafios do presente e do futuro, é preciso adotar estratégias intencionais e adaptadas às suas necessidades e características.
Separamos a seguir algumas práticas essenciais para transformar a escola em um ambiente mais alinhado com essa nova geração:
1. Traga propósito para o conteúdo
A Geração Alpha valoriza aquilo que faz sentido: eles querem entender o porquê de aprender determinado conteúdo, como isso se aplica no dia a dia e de que forma pode contribuir para seu futuro.
Por isso, vá além da teoria!
Proponha projetos interdisciplinares, crie conexões com situações reais e incentive a resolução de problemas do mundo ao redor.
Quanto mais significativo o aprendizado, maior o envolvimento.
2. Integre tecnologia com intencionalidade
Para os Alphas, a tecnologia não é novidade — é parte do cotidiano. Mas, dentro da escola, ela precisa ter um papel claro e educativo, considerando também o que determina a legislação acerca da proibição de celulares nas escolas.
Aqui, vale apostar em ferramentas digitais que estimulem a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico: jogos pedagógicos, quizzes interativos, simulações, realidade aumentada e plataformas de aprendizagem adaptativa.
Tudo isso deve ser usado de forma planejada e com objetivos bem definidos, evitando o uso excessivo ou superficial das ferramentas.
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3. Estimule a participação ativa
Alunos da Geração Alpha querem ser protagonistas do próprio processo de aprendizagem.
Eles respondem melhor a aulas dinâmicas, participativas e que ofereçam espaço para explorar, experimentar e construir conhecimento.
Metodologias ativas como aprendizagem baseada em projetos (PBL), ensino investigativo e gamificação ajudam a manter o interesse e promovem maior retenção de conteúdo.
4. Desenvolva habilidades socioemocionais
Apesar de dominarem o universo digital, muitos alunos da Geração Alpha ainda enfrentam dificuldades em lidar com frustrações, trabalhar em equipe ou expressar sentimentos.
Por isso, é essencial criar um ambiente escolar que valorize o desenvolvimento de competências socioemocionais.
Dinâmicas de grupo, rodas de conversa, atividades de escuta ativa e projetos colaborativos ajudam a fortalecer empatia, resiliência, cooperação e responsabilidade.
5. Invista na formação de educadores
Adaptar a escola à Geração Alpha começa pela capacitação dos professores! É fundamental que os educadores estejam preparados para lidar com as transformações do cenário educacional e as especificidades desse novo perfil de aluno.
A escola deve investir em formação continuada sobre metodologias inovadoras, uso pedagógico da tecnologia, neuroeducação e gestão de sala de aula.
Um professor atualizado e confiante tem muito mais condições de impactar positivamente seus alunos.
Os alunos da Geração Alpha chegaram para transformar a educação!
Esse é o resumo: a Geração Alpha traz uma nova dinâmica para a sala de aula — mais conectada, interativa e desafiadora.
Para acompanhá-los, é preciso reinventar práticas, rever estratégias e, acima de tudo, manter uma escuta ativa.
Preparar a escola para a Geração Alpha não é apenas uma questão de tecnologia, mas de intenção pedagógica.
São os educadores, com sua criatividade e sensibilidade, que irão construir pontes entre o mundo dos alunos e o conhecimento.
Wings pode ajudar a sua escola nesse processo: nosso material de ensino de inglês foi desenvolvido especialmente para a rede pública e pensado para aulas mais dinâmicas, interativas e com otimizado para ser aplicado junto a metodologias ativas de ensino.
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